Desde o início da pandemia do novo Coronavírus, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outros órgãos oficiais destacaram a importância dos cuidados especiais para pessoas que fazem parte do grupo de risco. A precaução deve ser redobrada pois pessoas idosas e com condições de saúde pré-existentes têm mais chances de desenvolver a forma mais grave da COVID-19.
O grupo de risco da COVID-19 é formado por pessoas com mais de 65 anos, doenças crônicas, doenças respiratórias e outras condições que comprometem o sistema imunológico. Se contaminados com o Coronavírus, esses pacientes podem precisar de tratamento médico intensivo e até mesmo internação em UTI.
Grupo de risco da COVID-19
De acordo com um levantamento realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aproximadamente 50 milhões de brasileiros fazem parte do grupo de risco da COVID-19. A estimativa é que uma em cada três pessoas acima de 18 anos tem ao menos um dos principais fatores associados a complicações da doença.
Algumas condições consideradas como grupo de risco são:
- Idade igual ou superior a 65 anos;
- Fumantes;
- Asmáticos e pessoas com doenças pulmonares;
- Diabéticos;
- Hipertensos;
- Pessoas com insuficiência cardíaca e doenças do coração;
- Pessoas com insuficiência renal;
- Pacientes que receberam transplante de órgãos;
- Pacientes em tratamento de câncer;
- Pessoas com HIV.
Essas condições pré-existentes, também chamadas de comorbidades, em geral afetam o sistema imunológico e reduzem a capacidade do organismo conter o vírus. Por isso, quem estiver no grupo de risco deve tomar todos os cuidados necessários para a prevenção, como:
- Lave as mãos e os punhos com frequência, usando água e sabão, ou higienize com álcool gel 70%;
- Ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço ou com o braço, e não com as mãos, e lave as mãos em seguida;
- Evite tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;
- Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos e toalhas, por exemplo;
- Mantenha as janelas abertas e os ambientes ventilados;
- Mantenha uma distância mínima de cerca de 2 metros de qualquer pessoa tossindo ou espirrando;
- Evite contato físico, como beijos, abraços e apertos de mãos;
- Durma bem e tenha uma alimentação saudável;
- Evite sair de casa e, quando o fizer, utilize máscaras de pano;
- Mantenha-se ativo, realizando exercícios físicos em casa e evite situações de estresse (esses fatores ajudam a manter as doenças crônicas controladas).
É fundamental que as pessoas do grupo de risco redobrem esses cuidados durante a pandemia e conversem com o seu médico em caso de dúvidas sobre medicamentos de uso contínuo.
Mesmo em tempos de pandemia do coronavírus, também é importante evitar o descuido com outras doenças, o que pode ter consequências graves para o paciente.
Como o coronavírus age no organismo de pessoas do grupo de risco
Na maioria das pessoas, o novo coronavírus não gera nenhum sintoma ou apenas sintomas leves, parecidos com uma gripe ou resfriado comuns. Em casos mais graves, a COVID-19, doença causada pelo vírus, traz complicações como insuficiência respiratória e exige o uso de equipamentos.
As pessoas do grupo de risco são suscetíveis aos sintomas mais graves devido às comorbidades. No caso dos idosos, há um envelhecimento natural do sistema imunológico e as defesas naturais do corpo não são tão eficientes, tornando-os mais vulneráveis a doenças infectocontagiosas.
O vírus também se utiliza do mesmo receptor que os remédios de hipertensão para invadir as células, o que facilita uma infecção grave e torna as pessoas hipertensas e com doenças cardiovasculares mais vulneráveis.
Já o excesso de glicose no sangue e a tendência de inflamação causadas pela diabetes impedem que o sistema imunológico possa se defender de infecções. Da mesma forma, as doenças renais crônicas também diminuem a imunidade do organismo e reduzem as chances de resposta a vírus e bactérias.
Em pessoas com doenças pulmonares, o risco aumenta porque os pulmões já estão enfraquecidos, o que pode piorar com a presença do vírus.
Assim, se você apresentar febre, tosse ou dificuldade para respirar, procure atendimento médico. O Hospital Marcelino Champagnat disponibiliza atendimento para pacientes com suspeita de infecção pelo coronavírus. O serviço de Telemedicina é feito pela internet e totalmente gratuito.
O Hospital Marcelino Champagnat também adotou protocolos de segurança e fluxos específicos para isolar os casos relacionados ao COVID-19 das outras patologias.
Os pacientes com suspeita de infecção pelo coronavírus passam por um pronto atendimento exclusivo com abordagem técnica logo na entrada. Para conhecer nossas orientações gerais para COVID-19 e grupo de risco, acesse nosso site.